Quando estava no ensino médio, eu fui estuprada. Não contei a ninguém, estava assustada e tive medo de contar para minha mãe.
Quando descobri que havia engravidado, contei a minhas amigas e todas me disseram para abortar. Na clínica de aborto, me abri e contei tudo o que havia me acontecido – que havia sido estuprada e que não tinha certeza se queria abortar; então eles apressaram um “aconselhamento” – um processo que consistia em um conselheiro varrendo minhas dúvidas e me apressando para assinar um formulário de consentimento.
Ninguém nunca me ofereceu qualquer aconselhamento a respeito do estupro ou dos meus medos em relação ao aborto. Eu me sentia sem valor e desesperançada. Olhando para trás, eu queria apenas que alguém tivesse conversado comigo.
O aborto quase me destruiu, entrei numa espiral de alcoolização e depressão e me dei conta que matei o meu bebê, a minha própria carne e sangue. Por anos me flagelei e não contei a ninguém. Não houve ninguém para me dizer que eu era forte o suficiente, ninguém para me ajudar.
Conheci outras mulheres que como eu foram estupradas e escolheram abortar, e por isso vivem em remorso. Muitas delas sentem tanta vergonha e escolhem o aborto porque não conseguem falar sobre o que lhes aconteceu.
Eu quero estar junto ao movimento pró-vida Save The 1 (Salve O 1 por cento -- Os Casos Difíceis) para ser uma voz para essas mulheres.
Eu fiz o que o mundo me disse, eu abortei o filho do meu estuprador. Contudo, acabei matando o meu próprio filho. Eu não obtive os resultados que eles me disseram que teria.
Ashley Sigrest (EUA)
Save The 1
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